sábado, 1 de março de 2014





















O pseudônimo "Allan Kardec", segundo biografias, foi adotado pelo Prof. Rivail a fim de diferenciar a Codificação Espírita dos seus trabalhos pedagógicos anteriores. Segundo algumas fontes, o pseudônimo foi escolhido pois um espírito revelou-lhe que haviam vivido juntos entre os druidas, na Gália, e que então o Codificador se chamava "Allan Kardec".2
No 4º Congresso Mundial em Paris (2004), o médium brasileiro Divaldo Pereira Franco psicografou uma mensagem atribuída ao espírito de León Denis em francês (invertida) declarando que Allan Kardec fora a reencarnação de Jan Hus, um reformador religioso do século XV. Esta informação já foi dada em diversas fontes diferentes,3 4 5 6 o que está de acordo com o Controle Universal do Ensino dos Espíritos, que Kardec definiu da seguinte forma: "uma só garantia séria existe para o ensino dos Espíritos - a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares."7
No livro Cartas e Crônicas, de Irmão Xpseudônimo do espírito Humberto de Campospsicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier em 1966, no capítulo intitulado Kardec e Napoleão, relata-se o episódio em que estes últimos são apresentados pelo Espírito da Verdade, na noite de 31 de dezembro de 1799, no plano espiritual. O desencarnado que reencarnará como Allan Kardec é um espírito superior, apresentado como o apóstolo da , que, sob a égide do Cristo, descerrará para a Terra atormentada um novo ciclo de conhecimento, enquanto Napoleão Bonapartereencarnado e em desdobramento, durante o sono físico, é informado que renasceu para garantir o ministério espiritual do discípulo de Jesus que regressa à experiência terrestre.8


O Espiritismo e a Igreja Católica
A DOUTRINA SOBRE A REDENÇÃO

"É pelo sangue de Jesus Cristo que temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo a riqueza de Sua graça que Ele derramou profusamente sobre nós", explica São Paulo aos Efésios (1,7). Nossa Redenção pela Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus é outra verdade fundamental da Fé Cristã. Nisto consiste propriamente a "boa nova" ou os "Santos Evangelhos". Mas nem esta verdade tão central entra no credo espírita de Allan Kardec. Segundo ele, cada um deve ser seu próprio redentor através do sistema de reencarnações.



Jesus disse aos seus Apóstolos: "Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados" (Jo 20,23). Mas os espíritas não procuram receber o perdão divino que lhes é generosamente oferecido.



O espiritismo nega a criação da alma humana, recusa a união substancial entre corpo e alma, afirma que não há anjos e demônios, repudia os privilégios de Maria Santíssima, não admite o pecado original, contesta a graça divina, abandona toda a doutrina sobrenatural, rejeita a unicidade da vida humana terrestre, ignora o Juízo particular depois da morte, não concede a existência do Purgatório, ridiculariza o Inferno, reprova a ressureição da carne e desdenha o Juízo Final. Em uma palavra: renuncia a tudo que é Cristão.



FALSOS CRISTÃOS



Sendo o Brasil um país tradicionalmente Católico, os espíritas se apresentam como "cristãos" e difundem principalmente o "Evangelho Segundo o Espiritismo". Começaram por dizer que o espiritismo é apenas ciência e filosofia, não cogitando de questões dogmáticas; que eles não combatem crença alguma; que o Católico para ser espírita, não precisa deixar de ser Católico; que todas as religiões são boas, contanto que se faça o bem e se pratique a caridade, etc.; e por isso vão dando nomes de Santos nossos aos centros espíritas. O Conselho Federativo resolveu prescrever a seguinte norma geral: "As sociedades adesas (à Federação Espírita Brasileira), mediante entendimento com a Federação, quando esta julgar oportuno e as convidar para isso, cuidarão de modificar suas denominações no sentido de suprimir delas o qualitativo de "Santo" e de substituir por outras, tiradas dos princípios e preceitos espíritas, dos lugares onde tenham sua sede, das datas de relevo nos anais do espiritismo e dos nomes dos seus grandes pioneiros". Assim, por exemplo, começa algum centro espírita por chamar-se "Centro São Francisco de Assis", depois, quando a Federação julgar oportuno, suprimirá o qualitativo de "santo", e afinal, quando seus adeptos já estiverem suficientemente distanciados daSanta Igreja, será "Centro Allan Kardec"...



O ESPÍRITA PERANTE A SANTA MADRE IGREJA



Em 1953 a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil reafirmou a determinação feita pelo Episcopado Nacional da Pastoral Coletiva de 1915, revista pelos Bispos em 1948 nestes termos: "Os espíritas devem ser tratados, tanto no foro interno como no foro externo, como verdadeiros hereges e fautores de heresias e não podem ser admitidos à recepção dos Sacramentos, sem que antes reparem os escândalos dados, abjurem o espiritismo e façam a profissão de Fé".



Segundo o novo Código de Direito Canônico (de 1983), "chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do Santo Batismo, de qualquer verdade que se deve crer com Fé Divina e Católica, ou se duvida pertinazmente a respeito dela" (Cân. 751); e no Cânon 1364, parágrafo 1, a nova legislação eclesiástica determina que o "herege incorre automaticamente em excomunhão", isto é: deve ser excluído da recepção dos Sacramentos (Cân. 1331, parág. 1), não podem ser padrinhos de Batismo (Cân. 874), nem da Confirmação (Cân. 892) e não lhe será lícito receber o Sacramento do Matrimônio sem licença especial do Bispo (Cân. 1071) e sem as condições indicadas pelo Cânon 1125. Também não pode ser membro de associação ou irmandade católica (Cân. 316). (d. Boaventura Kloppenburg (ofm), Bispo Emérito da Diocese de Novo Hamburgo-RS/Brasil).